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Rafeiros de Salonica

Om Rafeiros de Salonica

Um homem. Uma mulher. Intimidade. Distância. São estes os elementos que constituem um conto de Kjell Askildsen. Os onze contos desta colectânea acontecem com frequência durante os breves e sufocantes verões Árticos da Noruega, quando a populaça emproada desabotoa os vestidos e ebriamente deixa escapar algumas verdades, para variar. No primeiro conto um homem espia a filha pequena e a amiga, mente para a mulher, embebeda-se e fere-se, de repente confessa-se à mulher. O que muda? Nada. No segundo conto um homem e a companheira tentam conversar enquanto tomam café, bebem vinho e fumam cigarros e falam um com o outro sobre os cães que viram uma vez em Salónica a acasalar e que não se conseguiam soltar. O conto termina com o homem a partir a bengala em que se apoiava enquanto a companheira dorme no lado dela da cama. Noutro conto entra à baila uma estória de sexualidade desconfortável e incestuosa, clássica característica de Askildsen. Um homem gravemente ferido está aos cuidados da irmã, enquanto a mulher é enterrada. É um personagem de Askildsen: suficientemente ferido para estar preso dentro dele próprio, incapaz de negar os impulsos sombrios que também esconde.Os contos são paradoxalmente limitados e ilimitados. Pouca coisa acontece aos personagens, tudo fora da vida ordinária e nada externamente muito dramático. Mas dentro deles próprios, os personagens são tudo: infinitamente bons e maus, muitas vezes simultaneamente; têm uma grande ternura uns pelos outros e são inefavelmente cruéis uns com os outros. São o mundo num grão de areia.

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  • Språk:
  • Portugisiska
  • ISBN:
  • 9789899022102
  • Format:
  • Häftad
  • Sidor:
  • 138
  • Utgiven:
  • 17. december 2020
  • Mått:
  • 178x127x9 mm.
  • Vikt:
  • 113 g.
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Beskrivning av Rafeiros de Salonica

Um homem. Uma mulher. Intimidade. Distância. São estes os elementos que constituem um conto de Kjell Askildsen. Os onze contos desta colectânea acontecem com frequência durante os breves e sufocantes verões Árticos da Noruega, quando a populaça emproada desabotoa os vestidos e ebriamente deixa escapar algumas verdades, para variar. No primeiro conto um homem espia a filha pequena e a amiga, mente para a mulher, embebeda-se e fere-se, de repente confessa-se à mulher. O que muda? Nada. No segundo conto um homem e a companheira tentam conversar enquanto tomam café, bebem vinho e fumam cigarros e falam um com o outro sobre os cães que viram uma vez em Salónica a acasalar e que não se conseguiam soltar. O conto termina com o homem a partir a bengala em que se apoiava enquanto a companheira dorme no lado dela da cama. Noutro conto entra à baila uma estória de sexualidade desconfortável e incestuosa, clássica característica de Askildsen. Um homem gravemente ferido está aos cuidados da irmã, enquanto a mulher é enterrada. É um personagem de Askildsen: suficientemente ferido para estar preso dentro dele próprio, incapaz de negar os impulsos sombrios que também esconde.Os contos são paradoxalmente limitados e ilimitados. Pouca coisa acontece aos personagens, tudo fora da vida ordinária e nada externamente muito dramático. Mas dentro deles próprios, os personagens são tudo: infinitamente bons e maus, muitas vezes simultaneamente; têm uma grande ternura uns pelos outros e são inefavelmente cruéis uns com os outros. São o mundo num grão de areia.

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